terça-feira, 5 de agosto de 2008

Esperança contra corrupção e desorganização

Sempre se espera que os Jogos Olímpicos sejam uma festa. Medalhas, recordes e imagens fantásticas para guardar de recordação.
Mas fico assustado com a falta de sentido moral - ou de espírito esportivo - dos dirigentes brasileiros. Eles falam em números, cifras e promoções. E viram as costas para os problemas do Brasil. Problemas estes que o esporte ajudaria a reduzir se fosse tratado com seriedade e fator de inclusão social.
Para a nossa decepção, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, é mais um pragmático sorridente.
O Tribunal de Contas da União (TCU), já tem mais de 30 processos abertos referentes aos valores gastos no Pan do Rio de Janeiro.
O orçamento inicial era de R$ 400 milhões. Sabe quanto foi gasto? R$ 3, 5 bilhões.
A festa do esporte não pode ser a festa da corrupção, do superfaturamento, da alienação.
Espero que o Brasil consiga muitas medalhas. Mas há casos de falta de patrocínio e de apoio que contrastam com as cifras astronômicas nas mãos dos dirigentes.
Semanas atrás, quase ocorre um absurdo: a ginasta Jade Barbosa ficou sem receber ajuda de custo. O pai dela disse que não pode nem pagar a conta telefônica. E Jade ficou ameaçada de não ir a Pequim.
É bom que o esporte não se torne fator de letargia crítica, mas que desperte os brasileiros para a compreensão mais ampla do que acontece nos bastidores.

Doping no handebol

A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) informou hoje, de forma tardia e confusa, o corte por doping do jogador Jaqson Luiz Kojoroski, armador-esquerdo do time masculino.
Jaqson não está em Pequim e nem entrou na relação final dos atletas enviada pela CBHb ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que a encaminhou à organização dos Jogos em 27 de julho.
Mas ele estava nos planos do técnico Jordi Ribera Romans e havia seguido com o time para o período de aclimatação no Japão. O nome do armador também aparece no guia do COB para os Jogos, que foi impresso um pouco antes da lista final ser definida.