sábado, 29 de maio de 2010

Neto detona Dunga!

Sou leitor assíduo da coluna do ex-jogador Neto. Nem sempre concordo com ele, mas o cara consegue fugir da mesmice que assola o futebol brasileiro. É mais ou menos como o time do Santos.
Nos seus comentários sobre o técnico da Seleção Brasileira ele revela o Dunga antes e depois de virar comandante.
Todo mundo sabe que Dunga até tentou ser técnico de clube, mas não durou dois dias. Foi um fiasco. Mas a CBF queria justamente um fantoche que desse a impressão de independência. E aí apareceu o espertalhão. Brahmeiro, guerreiro, barraqueiro.

O que impressiona não é nem o fato de o rapaz ser turrão por vingança – sim, Dunga mostra teimosia principalmente quando é contrariado. O que surpreende em Dunga é sua mediocridade. Sua baixeza. Dunga é um arremedo de João Saldanha.

O torcedor que acompanha futebol de longe dirá que ele foi o grande responsável pela classificação nas eliminatórias. Pura falta de informação misturada com inocência.

Como disse Dorival Jr. dias atrás, quem ganha jogo é jogador. O máximo que técnico pode fazer é não atrapalhar. Existe um certo exagero na frase, mas reflete bem o que significa estar no comando de um time: pouca coisa.
Se o time não for bom, não quiser ou não estiver entrosado, fatalmente os resultados serão pífios.
A Seleção Brasileira começou mal. Suas primeiras partidas nas eliminatórias foram terríveis. E contra times medíocres. Depois engrenou, como era de se esperar. Ah, mas venceu bem a Argentina. Verdade. E com méritos. Mas aquela Argentina estava desfigurada técnica e taticamente.

Pode ser que o Brasil cruze novamente com a Argentina e aplique uma goleada. Acontecem coisas estranhas no futebol. Mas você está mais ansioso para ver Gilberto Silva ou Messi?

Não tenhamos ilusões idiotas. Dunga deixou craques de fora porque é um Vanderlei Luxemburgo travestido em pele de cordeiro. Está se achando. E o pior de tudo é que sua burrice é maior do que a de Luxemburgo.

A sorte do Brasil é que todas as seleções – exceções talvez feitas à Argentina e à Espanha – estão niveladas por baixo. Teoricamente, o Brasil só precisa fazer o básico para ser hexacampeão.
Mas, quer saber? Eu gosto de futebol. Quero ver o Brasil campeão por uma questão de mera formalidade.
Esperança mesmo, quem nos dá é a Argentina. É o time dirigido por Maradona que nos excita a imaginação, que provoca polêmica, que monopoliza as conversas à mesa de bar. Enfim, por incrível que pareça, o prazer de assistir aos jogos está sendo fomentado pelo principal rival do Brasil.
Perguntem a qualquer pessoa que saiba o mínimo sobre futebol se a seleção mais lembrada é a de 82 ou a de 94. A de 82 eu sei de cor. A de 94 não me lembro nem do goleiro. Nem do técnico. Nem de ninguém. Graças a Deus.


Dunga politicamente correto? Duvido!
Neto - coluna no Yahoo!

Acompanhei pela televisão a chegada da seleção brasileira à capital Brasília e achei um absurdo a forma como o Dunga se comportou. O técnico apertou a mão do presidente Lula de uma forma desleixada, sem mostrar nenhum tipo de respeito ou admiração.
Tem muita gente que pode estar achando que estou perseguindo o Dunga. Mas não é nada disso. Eu o conheço há muitos anos e sei que esse sujeito está se achando o tal. A estrela mais brilhante da seleção. Piada, né?

A grande verdade dos fatos é que o treinador da seleção tem tomado algumas atitudes politicamente corretas por pura orientação. A grande vontade dele é ganhar o título mundial e mandar todo mundo passear.

Ele ficou assim desde a chamada “Geração Dunga” da Copa de 90.

Não conseguiu assimilar até hoje a perseguição e humilhação da opinião pública. Vive sob esse revanchismo. Acho isso muito triste pra ele e temeroso para nós.

Digo isso porque ele pode transformar essa Seleção em um barril de pólvoras por excesso de motivação.
É lógico que não queremos na Seleção aquela zona que foi 2006. Mas clima de guerra e de quartel militar também não é saudável. Ou ele repensa sua postura (o que acho quase impossível), ou estamos sujeitos ao fracasso nesse Mundial.