sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Pipoqueiros debocham do Brasil

A estréia do Brasil contra a Bélgica não convenceu os argentinos, principais rivais do time de Dunga na briga pela medalha de ouro nas Olimpíadas. Nesta sexta-feira, o jornal esportivo "Olé" voltou a provocar a seleção pentacampeã do mundo: "Não assusta ninguém", diz o título da matéria sobre a vitória de 1 a 0 dos brasileiros sobre os belgas.

Para o "Olé", Ronaldinho Gaúcho foi uma "figura decorativa" em campo e o Brasil sofreu para vencer uma "pobretona Bélgica". O diário afirma ainda que a equipe de Dunga só conseguiu a vitória após a expulsão de um rival.

Apesar da provocação, o "Olé" lembra que é "normal que o Brasil comece um torneio no ritmo de um caracol, mas chegue inteiro nas finais". Porém, o jornal aproveita para debochar de Ronaldinho e diz que se o camisa 10 repetir a atuação de quinta-feira, a Argentina já pode comemorar mais um ouro olímpico.

Na capa da edição desta sexta, o "Olé" destacou o entrosamento entre Messi e Riquelme na vitória da Argentina por 2 a 1 sobre a Costa do Marfim na estréia.

Observação deste humilde jornalista limeirense:
Los hermanos gostam de fazer pose e contar vantagem. São apenas uns coitados tagarelas. Diante do Brasil, tremem como vara verde de bambu. Messi, Riquelme e Cia são apenas bons jogadores adeptos do futebol-espalhafato. Nada de novo debaixo do sol. Firulas por firulas, prefiro as do Ronaldinho "foca amestrada" Gaúcho.

Acompanhe Guilherme Guido

Clique no link ao lado e acompanhe todas as provas da natação em Pequim. Cortesia do site do nadador limeirense Guilherme Guido.

Soldados e crianças


Tem gente que aprecia a disciplina militar. Eu não. Desfile, uniforme e postura militares me causam asco. Na China, inevitavelmente, a cerimônia passaria pela estética das Forças Armadas. O mesmo aconteceria nos Estados Unidos. A apresentação das crianças foi claramente programada para legitimar uma ordem. Mas a conotação, nestes casos, é sempre de servilismo. Aconteceu mesmo. Tudo muito bem decorado, bonito. Mas ao cantar o hino diante da bandeira, as crianças apenas pareciam fantoches com os braços levantados. Um sutil semelhança com o nazi-fascismo.

A bandeira nacional é símbolo - no Oriente ou no Ocidente - de um patriotismo de figuração. Serve para reforçar uma identidade que, na verdade, existe para além do condicionamento imposto por regimes políticos, sejam eles socialistas ou capitalistas. Patriotismo é uma palavra vazia que descreve sentimentos fabricados por meio de estigmas, fantasias e manipulações ideológicas. As crianças poderiam ficar de fora desse fervor beligerante que modifica a geopolítica do mundo a preço de sangue e humilhações.


Cielo reprova traje


O nadador velocista César Cielo testou hoje um traje de alta performance da Tyr, mas as caretas que fez ao colocá-lo, ajudado pelo técnico e por um amigo francês que tiveram de fazer força para ajustá-lo ao brasileiro, foram os indicativos de que a roupa não será usada nas provas no Cubo D'Água de Pequim.

Cielo deve competir com o LZR Racer, da Speedo, maiô utilizado por diversos nadadores que quebraram recordes mundiais este ano antes dos Jogos Olímpicos. Toda a delegação brasileira terá o traje à disposição em Pequim. "Ele não gosta muito daquele traje (da Tyr), não vai usar na competição", disse o treinador de Cielo, o australiano Brett Hawke, afirmando que o brasileiro, que disputa as provas de 50 e 100 metros livres e revezamento 4x100 metros livre e medley, colocará a roupa da Speedo na competição. "Ele se sente mais confortável nele."

Oscar e o cânhamo

Assisto à cerimônia de abertura zapeando por vários canais. Estou achando a transmissão da SporTV, por questões técnicas, a melhor.
E tem o engraçadíssimo Oscar "Mão Santa" Schimdt fazendo suas observações. Como esta, na apresentação da história do papel:
_ Sabem do que é feito o papel? - pergunta Oscar para os jornalistas.
Ninguém se manifesta.
_ De cânhamo. Agora, não me pergunte o que é cânhamo...
Ao fundo ouvem-se risos. E só. Depois o assunto muda.
Cânhamo é a planta da maconha (cannabis sativa), sem o princípio ativo, o THC. Suas fibras são bastante versáteis e podem ser aplicadas em diversas situações - da fabricação de velas para barcos à de calçados. É uma planta de uso milenar, proibida no início do século 20 por questões políticas relacionadas, principalmente, aos Estados Unidos.