quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Reflexões na esportiva

Eu estava lendo o blog do camarada Rodrigo Piscitelli, o Bate-Bola, e fiquei instigado por suas reflexões a respeito do cabelo do Fenômeno. Já era quase madrugada e o Jornal começaria a ser impresso. Carlos e Nani já se aprontavam para irmos embora, mas não quis deixar para o outro dia a minha pseudorreflexão sobre o assunto. Então escrevi um comentário sobre o post do Piscitelli usando uma espécie de fluxo de pensamento. À moda de Jack Kerouac. Leiam:

O noticiário esportivo é uma faca de dois gumes. A banalidade de algumas matérias é reflexo do que se discute na mesa dos botecos e também no Congresso Nacional. E ela é necessária sob pena de forçar o leitor a consumir uma página de Esportes fria, sem vibração. Porque é próprio do esportista saltar, cair e se machucar, assim como qualquer ser humano "normal" - peço licença para a subjetividade. Os jornais se equilibram entre o sério e o jocoso na seção de Esportes mais do que em outra porque querem vender um produto que informe e alivie a tensão ao mesmo tempo e ainda criar uma espécie de polêmica inofensiva. A Editoria de Esportes tem salvoconduto pra falar besteiras que eu acho profilática. Não acho ruim, não. Do contrário seria reduzida à paranóia perfeccionista das outras áreas e afastaria as pessoas mais simples, cujo temperamento, assim como o meu, é voltado pro hedonismo.Eu gosto muito de futebol. Converso sobre este assunto todos os dias. O leitor que aprecia de verdade esse negócio e acompanha religiosamente os assuntos de seu time - e que é predominante na seção de Esportes - quer saber tudo até para rir de si mesmo, do seu time. O Esporte faz este milagre: mobiliza a opinião popular sem que isso pareça uma iniciativa artificial para se obter alguma vantagem. Mexe com paixão, com sentimentos. Por isso, precisa respeitar todas as tendências. Às vezes é preciso confiar um pouco nos instintos para discernir o que fará o leitor apreciar determinada matéria. Vou lhe confessar: não gosto muito de frescura em Esportes. Curto demais matéria que disseca atleta, time e torcedor. Que apresenta sempre um aspecto diferente do mesmo objeto. E também acho superlegal os comentários sobre as vitórias e derrotas que se sucedem freneticamente no mundo do futebol. Eu gosto de gente. Logo, gosto de Esportes, que é um fio condutor de energia positiva pra quem pratica e pra quem vê.

Bar é cultura e esporte

Beto, do Bar do Cigano, é palmeirense

Salgadinhos, churrasco, cerveja, refrigerante e muita polêmica. Está dada a largada para o Campeonato Paulista 2009. Bares e lanchonetes de Limeira já estão com o arsenal pronto para conquistar novos fregueses. O carro-chefe, evidentemente, é a televisão. Os incrementos, porém, podem trazer ao ambiente um pouco da vibração contagiante dos estádios. "Aqui, o torcedor escolhe o seu banquinho", contou o comerciante Valdir Roque, de 56 anos, proprietário do Bar Piratininga, o popular Barzão.

Além da ampla gama de alimentos e bebidas, Roque oferece confortáveis banquinhos alcochoados com os escudos dos grandes times de São Paulo. E a flexibilidade da Sky (tevê paga) é um atrativo a mais. "Nós recebemos torcedores de vários times. Até na família há diferentes preferências", relatou sua mulher, Edna Giratto Roque, que é corintiana. Valdir, porém, é palmeirense. E as três filhas - que também assistem aos jogos no Barzão - são torcedoras do São Paulo.

Também recebe muitos torcedores o Pop"s Grill, do comerciante João Vianez Ramos, 53. Principalmente em razão de seu famoso churrasco. O bar fica no Jardim Nova Itália e atrai torcedores até de outros bairros. "Eu sou santista. Uma das características do torcedor do Peixe é receber todo mundo bem", argumenta Ramos, que há 18 anos trabalha na área.

No Bar Cultura, que fica no Jardim Piratininga, a ideia é manter a tradição. "Normalmente, a televisão fica ligada nos jogos. Só, porém, se houver clientes", disse o balconista Rodrigo Montoro, 20, torcedor do Corinthians.

No tradicional Bar do Cigano, a televisão também ficará ligada no Paulistão. Frequentado principalmente por palmeirenses e corintianos - o proprietário, Nilson Alvarenga, 52, é torcedor do Verdão e o bairro (Jardim Nova Itália) tem muitos corintianos - o local costuma ser palco de acalorados debates sobre o Campeonato Amador. "Agora é a vez do Paulistão", contou Norberto Antonio, o Beto, um dos filhos do proprietário.

Anteontem, porém, o debate fugiu da área esportiva para se fixar no mandato do presidente dos EUA, Barack Obama. "Ele tem jeitão de zagueiro. Então, acho que vai defender com unhas e dentes o país dele", disse seu Bastião, 82, um dos telespectadores.

Torcedores apostam no Corinthians

A contratação de Ronaldo Fenômeno e o título da Segunda Divisão do Brasileiro animou os corintianos e estimulou o respeito dos demais torcedores. Até são-paulinos reconhecem que o time do Parque São Jorge tem tudo para fazer uma boa campanha. Mas avisam: assim que o Tricolor engrenar na Libertadores, o time titular será aplicado também no Paulista.Esta é a opinião do torcedor Lucas Roberto Satiro, 17. "Nasci em 91 e o São Paulo foi campeão da Libertadores em 92", ressaltou o estudante. Membro da torcida uniformizada "Independente", ele disse que vai assistir aos jogos nos estádios. "Viajamos todos juntos, comemorando a supremacia tricolor", disse.Os irmãos Douglas Maximiano Francisco, 27, e Danilo torcem para o Corinthians, mas admitem que o São Paulo é um dos favoritos. "É uma equipe forte", disse Danilo, que destaca Túlio, Jorge Henrique e Ronaldo Fenômeno como os principais jogadores do Timão. Já o amigo deles, o palmeirense Wellington de Lima Silva, acredita que Palmeiras e Santos podem surpreender. "O Santos montou um bom time. E o Palmeiras tem Keirrison e Diego Souza, além de Luxemburgo", declarou.

Paulista em ritmo de aquecimento

O Palmeiras jogou para o gasto e venceu pelo placar magro de 1 a 0. O São Paulo empatou em pleno Morumbi. A Portuguesa se desnorteou em Campinar e perdeu de 1 a 0 para o Guarani. Por enquanto, o Paulistão está morno.

Shamell está pronto pra detonar

Cestinha da Winner/Limeira no jogo em que houve empate na série final - quando marcou 20 pontos e conduziu o time à vitória -, o ala Shamell Jermaine Stalworth, de 28 anos, pode fazer a diferença no jogo contra o Vivo/Franca, hoje, às 19h30, no Ginásio Municipal "Pedro Murilla Fuentes" (Pedrocão).
Shamell, que tem 1,94m, vem subindo de produção desde que chegou a Limeira, no meio do campeonato.O ala estava no basquete da China e foi a última contratação da Winner. "Ele falou que tinha muita vontade de jogar em Limeira", disse o dirigente Cássio Roque ao Jornal de Limeira na semana passada.
Shamell estava fora de forma, mas a dedicação fez dele uma das principais peças no playoff final. Até aqui, a série se encontra empatada. Na primeira partida, o Vivo/Franca surpreendeu e venceu, por 104 a 96, no segundo tempo extra, enquanto a Winner/Limeira reagiu e ganhou o duelo de número dois, por 73 a 62.]
Pelos lados da equipe francana, as contusões continuam sendo problemas. Além de Deivisson (lesão no pé direito) e Guilherme da Luz (estiramento na panturrilha direita), que já estão desfalcando o time nesta série decisiva, o lateral Márcio Dornelles sentiu uma fisgada na parte posterior da coxa direita e segue como dúvida, pois foi submetido a alguns exames e seu aproveitamento depende dos resultados.
Com este panorama, o técnico Hélio Rubens vai recorrer aos jovens formados nas categorias de base do Vivo/Franca: Cauê, Zezinho, André e Bruno, além de Cauê Borges, que pode ser chamado para estes jogos restantes da série.Já o time limeirense, que perdeu a vantagem de decidir em casa, espera devolver a vitória vencendo em Franca (SP). "A disputa está aberta, com grandes jogos, provando que esta edição do Estadual, como já tinha dito, é uma das melhores e mais equilibradas. Assim, como perdemos em casa, temos totais condições de vencer fora e seguir brigando pela conquista", declarou o treinador Zanon.

TELÃO
A Winner/Limeira disponibilizará aos seus torcedores um telão com a transmissão ao vivo da partida. O equipamento será colocado no ginásio "Vô Lucato", a partir das 19h. A diretoria aguarda um grande número de torcedores. Por isso, pede a cada um que leve um caderno escolar para doação. Os cadernos arrecadados serão encaminhados a projetos sociais.