terça-feira, 8 de junho de 2010

O Brasil dá sono

Bela porcaria o amistoso contra a Tanzânia! Pior que isso é aguentar o ufanismo oportunista de 90% da mídia.

É a vida.

Depois de muito ler, ver e ouvir, decidi comentar individualmente a atuação de cada jogador e da comissão técnica do Brasil.

Antes, uma observação: a Tanzânia é pior que o Zimbábue. E a Seleção Brasileira conseguiu tomar um gol.

NOTAS
Gomes: o melhor jogador do Brasil - 8,5

Maicon: burocrático, chato, léguas de distância daquele Maicon da Inter - 5,0

Lúcio: previsível, lento, sem a vibração característica - 5,0
(Luisão): pragmático. Ganhou um gol da Tanzânia no brilhante currículo - 4,0

Juan: como diria aquele velho comentarista, péssimo dos péssimos. Ficou evidente que lhe falta ritmo de jogo - 3,0

Michel Bastos: uma lástima na marcação. No apoio, erra bolas fáceis. E pensar que o Roberto Carlos, numa ótima fase, ficou no Brasil - 5,0
(Gilberto): um andróide programado para a marcação e fechar o buraco deixado por Michel Bastos na defesa. Um baita buraco, diga-se de passagem - 5,0

Gilberto Silva: seria só inútil se não comprometesse a marcação do meio-campo - 3,0
(Josué): melhorou a marcação, mas errou uma infinidade de passes. Além de ter o cérebro proporcional ao seu tamanho - 4,0

Felipe Melo: o pior. É um caso para se estudar cientificamente. A decadência deste volante compromete a transição da defesa para o ataque e expõe a fragilidade de uma defesa supostamente intransponível. Além disso, anda muito nervosinha - 0,0
(Ramires): Aí, sim, fomos surpreendidos novamente. Precisa aprender a trabalhar mais a bola no campo de ataque - 7,0

Elano: um arremedo de ponta-direita. Não fez nem sua função - que é marcar e municiar Kaká e o ataque - nem aquilo que se propôs a fazer, pretensiosamente, ficando estagnado na extrema-direita. Um verdadeiro ectoplasma que assustou a bola. Uma das piores apresentações deste filho de Iracemápolis - 3,0
(Daniel Alves): foi atabalhoado em vários lances, mas mostrou incomparável dinamismo em relação ao seu antecessor. Outra nervosinha - 6,0

Kaká: aqui cabem algumas observações sobre o pessoal da Globo e da Sportv. Quanto exagero! A cada toque na bola, este rapaz era louvado como se fosse um representante de Deus. Kaká, porém, mostrou até certa displicência na partida, irritação e desprezo com os adversários. Não jogou mal, é verdade. Mas esteve longe de fazer uma boa partida. No primeiro tempo, foi excessivamente comedido, errou muitos passes, perdeu bolas fáceis, enfim, foi presa fácil para os fracos marcadores da Tanzânia. No segundo tempo, foi mais incisivo, mas mostrou que lhe falta o dom de criar. É, realmente, um ponta-de-lança sem pretensão na armação de jogadas. O máximo que se pode esperar são tabelinhas. Agora, se for pra jogar desse jeito, por que Dunga também não trouxe Ronaldinho Gaúcho? É o mesmíssimo futebol apresentado pelo meia no Milan. E ainda desprovido da plástica característica das jogadas do Gaúcho. Mesmo assim, arranca suspiros dos comentaristas globais. A ponto do deslumbrado Paulo César Vasconcelos dizer que o gol de peito foi o mais bonito da partida. O mais bonito foi o chute voraz do Ramirez! Acorda, véio! Nota para Kaká - 6,0

Robinho: só foi inferior ao goleiro Gomes. Correu o campo todo, organizou a armação de jogadas, deu passes açucarados e, de quebra, marcou dois gols, abrindo caminho para a goleada. Faltou driblar mais. Cresce a cada dia - 8,0

Luis Fabiano: involuiu. Conseguiu fazer uma partida pior do que havia feito contra o Zimbábue. Outro que precisa tomar doses cavalares de suco de maracujá e reaprender um mínimo sobre boas maneiras. Será que voltará a ser o mala-problema dos tempos de São Paulo? De qualquer maneira teve uma péssima participação contra a péssima Tanzânia - 2,0
(Nilmar): correu, correu e não chegou a lugar nenhum. Mesmo assim foi melhor que o maleta do Luis Fabiano - 3,0

Dunga: devia ter tirado Felipe Melo no primeiro tempo. Demorou pra tirar Luis Fabiano. Mas acertou em cheio colocando Ramirez - 7,0

Jorginho: não fede nem cheira.

Ricado Teixeira: nota policial