terça-feira, 14 de julho de 2009
E o vento levou Mancini
Vento, não: tufão. Ficar em pé após seis bolas na caçapa não é para qualquer um. Nem mestre Telê resistiria.
O técnico Vagner Mancini é um cara esforçado. Mas se enrolou num determinado momento de sua trajetória no comando da equipe alvinegra da Vila Belmiro.
Ele não foi o principal culpado pelos 6 a 2 engolidos de maneira traumática por Douglas e pela nação santista.
Mas acabou vítima das circunstâncias. Principalmente por ter forçado a barra antes da tragédia.
Exagerou na "preservação" de Neymar, escalou Molina na podre a maioria das vezes, substituiu Roberto Brum com infelicidade em pelo menos duas ocasiões, fez loucas improvisações, fragilizou a zaga, brigou com Fabiano Eller, discutiu com Fábio Costa, quis dar uma de novo Luxemburgo.
Não, Mancini. Chega de Luxemburgo. Queremos ver técnicos apostando em talentos. Queremos ver jogadores honrando a camisa mais famosa do mundo por meio do futebol moleque.
Queremos ver os atletas santistas rindo, divertindo-se com a bola. Não reclamando, chiando, trocando ofensas.
Felizmente, Mancini, seu ciclo de minicoronel foi encerrado no Santos. Não porque você fosse maldoso ou autoritário. É que ainda está verde, seguindo a onda de arrogância que contamina alguns treinadores deste Brasil cordial só na aparência.
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