domingo, 27 de junho de 2010

Cirurgia, burritos e bom futebol

Um mafioso italiano operou o México.

Os jogadores mexicanos mostraram que falta inteligência e sobra burritos ao time. Em vez de colocar os nervos no lugar, optaram por dar pancada logo após o primeiro gol. Perderam tempo. Depois, deixaram de tabelar pra chutar de longe, horrivelmente. Pegaram o sombrero e voltaram para casa.

Independentemente do erro grosseiro do trio de arbitragem - quando erra um erram todos - foi um bom jogo.

No combate Argentina e Alemanha, torcerei, evidentemente, para a Alemanha. E acredito que o time do seu Joaquim tem grandes possibilidades de fazer Maradona comer o pó da estrada.

Mas, como tenho dito desde os primórdios da Copa, considero a Argentina a favorita ao título.
 

ESPN na frente

Os canais ESPN fazem a melhor cobertura da Copa do Mundo. É o resultado da enquete do Golaço. Dividem o segundo lugar as TVs Globo e Bandeirantes.

Assino embaixo. Principalmente nos jogos do Brasil. A votação apontou 68% das preferências. Uma verdadeira lavada.

A transmissão da Globo, perdoem-me os ufanistas, tem firula demais. E uma impressionante verborragia dos locutores Galvão Bueno e Cleber Machado. Sem contar que a dupla é campeã em errar nome de jogador.

A ESPN conseguiu o equilíbrio. Oferece reportagens sérias e mostra o lado jocoso da torcida. Seus comentaristas têm bom humor, mas não se travestem de palhaços. Muito menos fazem contas ridículas e soltam frases de para-choque de caminhão a cada cinco minutos.

Pra não dizer que sou antiglobal, reconheço a boa cobertura dos canais SporTV. Mas a dupla Paulo Vinicíus Coelho e José Trajano é imbatível.

 

Alemanha joga

Não entendo como um narrador do calibre de Luiz Roberto não tem prestígio como o mentecapto Galvão Bueno e o bobalhão Cléber Machado.

Coisas que só os bastidores explicam.

Só assisto aos jogos pela Rede Globo quando Luiz Roberto narra. Quando o locutor - que vem da escola radiofônica - tem em sua companhia Júnior e Caio Ribeiro, a coisa fica melhor ainda. Comentário de árbitro a gente dispensa.

Goleada da Alemanha, mais uma vez mostrando um belo futebol. Neste caso, não existe sensação de tempo perdido.

De volta ao lar

Apesar de toda a corrente positiva da Rede Globo, os EUA perderam pra Gana. E voltaram para os braços de sua gigantesca torcida.

Uruguai e Coreia do Sul foi jogão. Prevaleceu a experiência da Celeste Olímpica.

Dunga em Um Dia de Fúria 2

sábado, 26 de junho de 2010

O diabo é o pai do rock e do futebol


Ego e covardia


Como bem comentou Cláudio Maesi no post anterior, o Brasil tem um caminho mais fácil pra chegar ao título. Diante da inhaca que estamos presenciando, eu pergunto: pra quê?

Vejo esta conquista importante apenas para efeito decorativo. E, claro, para as grandes corporações faturarem milhões.

O futebol ficou em segundo plano. O jogo se tornou monótono, truncado, cheio de vaidades.

Tem gente que acha Dunga admirável. Eu respeito essa opinião. Mas me recuso a fazer parte desta trupe ensandecisa que se acha acima do bem e do mal. É o fenômeno que o jornalista Xico Sá chama de a  "pátria em chuteiras". É um negócio perigoso. De repende esse patriotismo de merda escorrega pra intolerância e, aí sim, fomos surpreendidos novamente. A Alemanha pós-guerra também "precisava" de seus heróis de araque. Deu no que deu.

A história se repete. Nada de novo sob o sol.

No caso do futebol, a situação é pior ainda. Além da repetição, da ladainha, não há, no horizonte, sinais de que mudanças serão realizadas.

Como a que o ex-jogador Sócrates propõe: eliminar dois jogadores do campo.
Pode ser exagero. Mas alguma coisa precisa ser feita. 

O Brasil vai levantar a taça. E daí?

Que graça tem ser campeão com um futebol chato? A partida contra Portugal foi emblemática. Sinal dos tempos. Sobrou pancadaria e faltou talento.

E o pessoal da Rede Globo querendo dourar a pílula. Vergonhoso. Não dá pra esconder o que povo enxerga claramente.

Apesar do marketing, o povo faz suas escolhas.

Torce, como eu torço, como todos torcem. Mas a maioria não está satisfeita. Releva porque é preciso navegar.

Tempo complicados, esses nos quais estamos vivendo. Há recursos, tecnologia, escolas, diversão. Mas continuamos patinhando na pré-história. Ainda somos macacos, tristes e egoístas.

O futebol desta Copa reflete o quanto nos tornamos covardes. É um espelho da sociedade.  
O que virá pela frente?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Em fado: todo mundo dança

Nesta Copa medíocre, tomara que Brasil e Portugal nos ofereçam um espetáculo digno de suas tradições.

Acredito que haverá empate. Para o lado brasileiro, Daniel Alves e Luis Fabiano marcarão. Na banda lusitana, Cristiano Ronaldo enfia dois.

O empate será muito mais consequência da incompetência do Brasil do que mérito de Portugal.

Mas torcerei, evidentemente, pra Seleção Canarinho dar um chocolate nos portugueses. VAI BRASIL!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vai Leão!

Paulista 2ª Divisão
Presidente da Inter mantém cautela para próximo jogo

Da FPF

Líder isolada do Grupo 03 da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a Internacional de Limeira folgou na oitava rodada. O time está preparado para a partida do próximo sábado, às 19h, contra o Guaçuano, no Estádio Major José Levy Sobrinho.

O presidente da Internacional, Ailton Vicente de Oliveira, diz que o período de folga na tabela foi importante. “Sem dúvida, teve importância. Acredito que foi bom para buscar uma preparação maior e não é porque ganhamos seis partidas que está tudo bem”, declarou.

Em relação ao jogo contra o Guaçuano, Ailton não crê em favoritismo, apesar de o adversário vir de uma derrota para o lanterna da chave, o Palmeirinha. “Cada jogo é uma história. A questão de favoritismo é bastante relativa, assim como falei antes de enfrentarmos o Independente. O único fator favorável para a Inter de Limeira é o campo. Não podemos entrar no clima de que já ganhamos”, diz o dirigente.

Faltou o Paolo Rossi

Jogou mal, cai fora!
Timinho safado esse da Itália na Copa 2010, hein?
O pior foi aguentar Cléber Machado e Falcão sambando em cima do muro. Saiu o terceiro gol da Eslováquia, pronto! Classificação garantida. Saiu o segundo gol da Itália, já era: a tradição, a força da camisa, a raça podem inverter a situação. Bah! Calem a boca! Ou assistam ao ESPN Brasil para aprender como se conduz uma transmissão de futebol.

A Eslováquia tocou muito bem a bola. Em vários momentos colocou a Itália na roda. E teve dedicação desde o início do jogo. Futebol se ganha no campo, não no blablablá. Agora quero ver os jornais italianos criticarem a Azzurra com a mesma veemência que metem o pau na Seleção Brasileira.

Velharia por velharia, deviam ter convocado o Paolo Rossi no lugar do Cannavaro. A zaga, mesmo com o zagueiro campeão do mundo, tava uma baba! Com mais um idoso no ataque (alguém que saiba fazer gol) o resultado poderia ser outro.

Mas quer saber? Já vai tarde, Itália!




Sugestão de pauta "pé no chão" para a Câmara de Limeira

Concordo com a jornalista Nani Camargo (clique no título para ficar antenado). Discutir questões do Oriente Médio na Câmara de Limeira  é tergiversar sobre a nossa realidade.

Por isso, sugiro uma pauta condizente com o nosso momento. Todos os assuntos seriam relacionados ao FUTEBOL, lógico! Quer mais fundo de quintal do que falar sobre time, bola e gol?

O presidente Eliseu Daniel poderia abrir as sessões do Legislativo com uma réplica da Taça Fifa ao lado, em cima da mesa. Se não tiver, serve a Jules Rimet. De plástico, senão algum espertalhão pode querer derretê-la.

E o próprio Eliseu seria mediador do debate que, fatalmente, surgiria durante a apresentação de propostas, nas votações, nas análises, nos chiliques e em tudo aquilo mais que faz parte da liturgia da Casa. Alguém já viu discussão sobre futebol sem divergências ferozes? Então. Eliseu seria o Dunga da Câmara: pulso firme com os jogadores. Quem tem dúvidas sobre a autoridade do pedetista, assista ao vídeo abaixo. Show de bola!

Como sou o autor da proposta, aproveito para definir algumas questões a serem discutidas, votadas e enviadas à CBF para virarem lei. Nenhum ambiente é mais propício para criação de leis do que a CBF, afinal a entidade funciona como um império despótico de Vossa Excelência Reverendíssima monarca Ricardo Teixeira.

Primeira proposta (que pode ser carimbada, rotulada, escrevinhada, registrada, rasgada, discutida, aprovada, formatada, enquadrada, adaptada, desgraçada e ferrada do jeito que quiserem):

Criar um time de futebol na Câmara. Pela minha experiência técnica e tática, sugiro:

DEFESA
Goleiro: Nilce Segalla. Por razões óbvias. O gol estaria muito bem protegido pela agilidade da vereadora.
Lateral-direito: Elza Tank. Afinal atua sempre na extrema-direita, no ataque, na força.
Zagueiro-central: Almir Pedro dos Santos. Porque está sempre na defensiva.
Quarto-zagueiro: Ronei. Faz boa cobertura na faixa da esquerda.
Lateral-esquerdo: Com a escassez de laterais-esquerdos autênticos que assola o Brasil, é justo botar o dr. Paulo Hadich com titular absoluto nesta posição.

MEIO-DE-CAMPO
Meia-direita: César Cortez, que também faz ótimo papel de curinga. É altamente inventivo, criando jogadas que deixam a galera boquiaberta.
Volante de contenção: Farid Zaine. É o Gilberto Silva da Câmara. Sabe administrar o jogo para dar tranquilidade à zaga.
Segundo volante: Silvio Brito. Carregador de piano, atua só na marcação para liberar o resto do time.
Primeiro Volante: Mário Botion. É comedido, mas quando precisa, sabe sair jogando.

ATAQUE
Ponta-direita: Raul Nilsen sabe driblar e ainda ajuda a recompor o meio-campo.
Centroavante: Piuí, que geralmente só tem o trabalho de empurrar para dentro. É o centroavante oportunista, matador. Pega a bola trabalhada pelo meia e assina a fatura. Mas, como manda a tradição, é perna-de-pau.

Técnico: Eliseu Daniel. Tem pulso, mas é retranqueiro. Só joga no 4-4-2 e dificilmente libera os laterais para atacar. Às vezes, nem o meia.

No banco ficam Miguel Lombardi e Carlinhos Silva, que podem atuar em qualquer posição.

Por hoje é só, pessoal. Outras propostas virão. Aguardem.




A tendência é que o prefeito Silvio Félix faça marcação cerrada, já que ele seria o cartola da Câmara Futebol Clube (CFC). O dono do time. O Andres Sanches do CFC.


Já estou vendo a torcida delirando!  Vai CFC, arrebenta, quebra tudo!





Portugal assusta?

Grafitte chamou a atenção da policial na chegada a Durban


Resposta à pergunta do título:

Não, Portugal não assusta. Portugal é um time mediano. No Campeonato Brasileiro, seria um Atlético Goianiense. Já o Brasil, é o Brasil. Para rever a goleada aplicada pelo Brasil nos lusitanos, clique no título. Repare que o locutor Galvão Bueno, ao narrar o primeiro gol de Portugal, aos quatro minutos, faz um prognóstico sombrio. E depois queima a língua, como é de costume. CALA A BOCA GALVÃO!    

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dunga 10 x 0 Rede Globo

A velha elegância francesa


Do UOL Esporte

Quem assistiu à vitória da África do Sul por 2 a 1 sobre a França viu uma cena vergonhosa. Ao apito final, Carlos Alberto Parreira foi até o técnico rival Raymond Domenech, para cumprimentá-lo. Irritado, o francês se recusou a apertar a mão do brasileiro e fez vários gestos com a mão.

Primeiro, Parreira chega com o braço estendido e a mão aberta. Domenech olha para o lado e se afasta. O brasileiro segura o francês pelo ombro e puxa o francês. Domenech, então, começa a fazer gestos com a mão. "Ele não é querido na França e há razões para isso".

“Praticamente não teve diálogo nenhum. Por educação e gentileza, fui cumprimentá-lo. Nós trabalhamos no futebol, trabalhamos sob pressão e eu sabia que ele não era mais o técnico francês. Mas ele se recusou. Disse alguma coisa, mas não entendi. Ele fala em um inglês muito imperfeito. Disse que eu teria ofendido a equipe dele. Mas eu não me lembro de ter dito nada. Em nenhum momento me referi à França com palavras agressivas. Sempre com elogios”, explicou Parreira.

O brasileiro ficou surpreso com a reação e só entendeu o caso minutos depois. “Um assistente dele, uma pessoa muito mais educada e gentil, foi até o vestiário. Então eu perguntei o que tinha acontecido. E ele explicou que, antes da Copa, quando a França se classificou, eu teria dito que a França não merecia estar no Mundial. Mas eu não me lembro de ter dito isso”, falou.

“Foi um fato lamentável. Ele não é querido na França e acho que há razões suficientes para isso”, disse Parreira, após explicar o que aconteceu.

Que jogo de compadre, nada!

Pasquale Cipro Neto, aquele da nossa língua portuguesa, estava com medo de "jogo de compadres" entre Uruguai e México.

Registou até sugestões em sua coluna na Folha de S. Paulo para acabar com o que nem houve.

Afinal, foi um jogaço. O México partiu pra cima, mas o Uruguai levava perigo nos contra-ataques. A vitória coroou a frieza da Celeste Olímpica. Já os mexicanos se enervaram tanto que quiseram arrepiar Forlán. Mas mereciam sorte melhor.

E o Chile consolida a supremacia sul-americana na Copa.



 

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha só pro gasto



COMENTÁRIO IRÔNICO
A bola de cristal da maioria dos comentaristas esportivos furou. Ou está tão murcha que resolveram abaixá-la até enterrar no gramado. Apostaram todas as fichas na Espanha. E a Fúria (?!) se mostrou uma gata mansa. Gostaria de ver os espanhóis, com toda a marra que lhes é peculiar, enfrentar a Seleção Brasileira. Foram os jornais de lá que disseram que a Espanha era o novo Brasil. Só faltou avisar os adversários.

Propaganda enganosa

Portugal jogou bem e enfiou 7 a 0 na Coreia do Norte.

A situação do Brasil é parecida com a do Santos. Todo time entra contra os brasileiros pra fazer o jogo de sua vida.

Haja vista a inhaca que foi a atuação dos coreanos contra os lusitanos. É sempre bom Cristiano Ronaldo & Cia darem espetáculo, mas a realidade está abaixo da superfície.

Depois do terceiro gol, o time do ditador Hong Kong Fu caiu pelas tabelas. Perdeu o rumo. Poderia ter tomado 20. Os portugueses perderam muitos golos.

Ótimo para a partida entre Portugal e Seleção Canarinho. Todo mundo vai entrar com vontade de mostrar que esbanja categoria quando quer.

Isto é, se a ética prevalecer. Porque, sabemos, um empate classifica Portugal e deixa o Brasil navegando tranquilo em primeiro lugar.

No blog do UOL tem uma constatação curiosa: o merchandising num dos gols de Portugal. Coisa encomendada. O dinheiro corrompe até a espontaneidade do futebol.

Tempos de consenso pré-fabricado, já dizia aquele velho anarquista.



Dunga ofende jornalista da Globo, que rebate em editorial

Do UOL

O técnico Dunga mais uma vez entrou em rota de colisão com a imprensa. Na coletiva após a vitória por 3 a 1 contra a Costa do Marfim, o treinador se irritou com o jornalista Alex Escobar, da Rede Globo, que estava falando no telefone celular e balançando a cabeça no momento.
Dunga interrompeu uma resposta para perguntar ao repórter:
- Algum problema?
O treinador recebeu como resposta:
- Nem estou olhando para você, Dunga.
Inconformado, Dunga disse bem baixo, mas os microfones captaram:
- Besta, burro, cagão!
As ofensas de Dunga geraram uma resposta editorial do Fantástico, onde o apresentador Tadeu Schmidt reprovou o "comportamento não compatível" do treinador. "O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas", criticou o jornalista à noite de domingo. "O que precisa ficar claro em mais esse episódio, é que torcemos muito para que a seleção chegue à conquista de mais um título mundial. E que a preocupação do Jornalismo da Rede Globo sempre foi a de levar a melhor informação a você, telespectador, independentemente de quem esteja no comando", finalizou o comunicado.
A briga do técnico da seleção brasileira com a TV Globo não é de hoje que acontece. Sempre que pode, Dunga gosta de se gabar que acabou com os privilégios na equipe, em uma crítica velada à emissora carioca. O treinador não passa entrevista sem cutucar a imprensa. No domingo, por exemplo, foi a vez de lembrar que alguns jornalistas pediram a saída de Luís Fabiano no início de 2009.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Fifa disse que irá avaliar as ofensas de Dunga durante e após a partida de domingo e ver se cabe punição como foi aplicada a Diego Maradona. Após a classificação argentina para o Mundial, o técnico argentino disparou para os microfones: "Que chupem todos". O argentino foi punido com suspensão de um jogo e vetado no sorteio dos grupos da Copa. Confira o vídeo abaixo com o destempero do treinador brasileiro.



Minha opinião:
A Rede Globo protegeu Dunga demais. Agora ele aproveita para dar coice quando quer. Dir-se-ia um choque de titãs. Ou de tantãs. Mas nada justifica as ofensas do técnico da Seleção Brasileira. Até porque o repórter estava ali trabalhando.       

Veja o vídeo clicando no título

domingo, 20 de junho de 2010

Seleção Brasileira atropela Costa do Marfim e árbitro banana

Com diz Milton Leite, narrador do SportTV, meu Deus!

Jogo de arrepiar. O Brasil bateu a Costa do Marfim com autoridade. Mas não deixou de gelar a espinha dos torcedores.

Se a equipe de Dunga mantivesse o ritmo depois do terceiro gol, aplicaria um chocolate histórico nos truculentos marfinenses.

Mas botou o pé no freio e adiou a pá de cal.

O juiz não viu que o fabuloso Luis Fabiano matou a bola no braço no segundo gol, mas isso é o de menos. Pior foi a interpretação absurda das entradas criminosas em Elano e Michel Bastos. E a expulsão de Kaká pra mim foi um exagero. É verdade que o camisa 10 foi inocente, mas isso não justifica a lambança da arbitragem.

Péssimo juiz. De repende, a arbitragem degringolou na Copa. Quer dizer, voltou ao normal. Os sopradores de apito do mundo inteiro são bem preparados fisicamente, mas tão arrogantes que se tornam estúpidos. É o complexo de autoridade. Fazer o quê? Enquanto esta caquética entidade chamada Fifa não utilizar a tecnologia para corrigir os erros grotescos como o do banana que assoviou a partida de hoje, estaremos reféns da sorte.

O importante é que o Brasil se impôs. Meteu 3 a 1 como se dá uma cintada num moleque indisciplinado. "Senta aí, pirralho! Vê se aprende a jogar futebol!".

Deixaram, por pura piedade, Drogba marcar unzinho. Só pra ele não voltar triste ao Chelsea.

De resto, sobrou deslealdade por parte da Costela do Marfim. Que foi quebrada, engessada e embalada pelo Brasil.

E dá-lhe Luis Fabianooooooooo!


Entrada criminosa não tira Elano do jogo contra Portugal




Em meio à euforia pela boa exibição diante da Costa do Marfim, neste domingo, em Joanesburgo, pela segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo, o Brasil tem uma problema para o restante da competição: Elano. Autor de dois gols em dois jogos no Mundial, o meio-campo deixou o gramado do Soccer City carregado por membros da comissão técnica brasileira e sequer conseguia colocar o pé direito no chão após pancada na canela.


O lance que gerou a lesão aconteceu aos 19 minutos da segunda etapa, dois após o jogador marcar o terceiro gol brasileiro. Em dividida no campo de defesa, Elano foi atingido de forma desleal por Tioté, que sequer foi advertido com cartão. Daniel Alves substituiu o apoiador.

Segundo o repórter Tino Marcos, da TV Globo, o médico Serafim Del Grande, da seleção brasileira, informou que as dores de Elano são no joelho direito. Entretanto, a princípio o jogador não preocupa para o restante da Copa do Mundo.

Pra frente Brasil!

Inter folga na rodada, após vitória contra o Independente

Da FPF

Após a vitória no dérbi contra o Independente por 1 a 0, no último sábado, no Estádio Comendador Agostinho Prada, a Internacional de Limeira se manteve isolada na liderança do Grupo 3, com 18 pontos ganhos. Para o treinador da equipe, Claudemir Peixoto, o resultado foi importante para tirar pontos do rival.

“O time deles é experiente, mas o importante foi conseguir tirar pontos do Independente, assim como outras equipes conseguiram”, declarou Peixoto, que terá mais tempo para preparar a equipe, em relação aos adversários, pois a Inter folgará na oitava rodada da Segunda Divisão.

O Leão da Paulista volta a campo somente no dia 26 de junho, contra o Guaçuano, no Estádio Major José Levy Sobrinho.

A FPF antecipou o jogo entre Inter e Guaçuano para o sábado, dia 26, às 19h, no Limeirão. O jogo seria no domingo às 10h, mas mudou de data a pedido da TV Rede Vida.

ASSISTA AO VÍDEO SOBRE A INTER CLICANDO NO TÍTULO (LINK) 


Brasil vai embalar Drogba e meter 3 na Costa do Marfim

Seção bola de cristal!

Creio numa vitória maiúscula hoje da Seleção Brasileira.

Será um 3 a 0 inesquecível.

Robinho, Kaká e Elano marcarão os gols. O primeiro será após uma brilhante jogada pela esquerda. O segundo, num petardo de fora da área. E o terceiro, depois de uma tabelinha com Luis Fabiano.

Vai Brasil! Nesta Copa de patos, você é o Ganso!

Galo quer tranquilidade para buscar a classificação

PC, técnico do Galo: falta tranquilidade



Danilo Janine
JORNAL DE LIMEIRA
esportes@jornaldelimeira.com.br

Passando por uma situação nada agradável no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, o Independente quer tranquilidade para buscar a, ainda sonhada, classificação para a próxima fase do torneio.
Com apenas três pontos e ocupando penúltima colocação no Grupo 3, o Galo viaja hoje até Mococa, onde enfrenta o Radium, às 10h.
Na quarta posição do grupo com nove pontos, o Radium pode ser considerado um adversário direto da equipe de Limeira na luta por uma das vagas para a próxima fase. "Vamos enfrentar um adversário direto. Nosso grupo sabe das dificuldades e antes mesmo de virem para cá todos já sabiam. Precisamos ter tranquilidade agora para superar essa fase", disse o técnico PC dos Santos, durante o coletivo na manhã de anteontem, no Pradão.
No dérbi contra a Internacional, no último final de semana no Pradão, PC viu seu time partir para o ataque após o gol da Inter, no entanto, os vários erros nas finalizações foram determinantes para a derrota. "Falta um pouco de tranquilidade na hora das finalizações. É claro que nossa situação na tabela contribui para isso (falta de tranquilidade), mesmo assim, precisamos nos manter motivados", falou.
O atacante Piá, um dos mais experientes do grupo, tem a mesma opinião. "Falta tranquilidade na hora do arremate final. A equipe vem jogado bem, mas na hora da finalização estamos pecando", cita.
A Internacional lidera o Grupo 3 da Segundona com 100% de aproveitamento. O segundo colocado é o Velo Clube, de Rio Claro, que tem 13 pontos.

Time de Kaká e Gilberto Silva goleia o de Robinho e Lucio: 7 a 2

Gilberto (3) Gilberto Silva (2), Kleberson e Maicon marcaram os gols

Do site da CBF

O treino de dois toques nas vésperas de jogos da Seleção Brasileira é sempre muito disputado - ninguém quer sair de campo derrotado.
Foi assim antes dos jogos contra Zimbábue, Tanzânia e Coréia do Norte, foi desse jeito - mais pegado ainda neste sábado, véspera do jogo contra Costa do Marfim.
Os times já há algum tempo têm as cores das camisas e as escalações definidas. Dessa vez, Julio Cesar, que é o goleiro do time de colete laranja - o dos capitães Robinho e Lucio - trocou de lugar com Doni e foi jogar no ataque - depois, foi parar na zaga.
No time de Kaká e Gilberto Silva, que joga de cinza, o assistente técnico Jorginho completou, e bem, a defesa. Doze de cada lado, cada lance disputado como se fosse jogo para valer, e os primeiro 10 minutos sem sair gol, tamanho o empenho na marcação de lado a lado.
Gomes comandava sua defesa, aos gritos, pedindo para que o “zagueiro” Kaká nao abandonasse a posição. A cada ataque, Kaká insistia em avançar.
- Não se empolga Kaká. Volta, você tá de zagueiro.
A zaga de Gomes, com Juan e Luisão, esteve perfeita os dois não perderam um lance e não davam trégua na marcação sobre Grafite e Lucio.
Luisão ainda espantava Robinho das jogadas quando o atacante cismava em partir para cima.
O jogo estava duro, sem tendência de favorito. Até que Gilberto, o artilheiro do dia com três gols, marcou o primeiro.
Giberto repetiu a dose, fez segundo, e Gilberto Silva, em um belo gol, ampliou para 3 a 0.
O time de Lucio e Robinho parecia completamente batido. Mas conseguiu ensaiar uma reação. Elano e Grafite diminuíram o placar para 3 a 2.
Foi o bastante para o time de cinza voltar a controlar o jogo. Kleberson fez um golaço, de fora da área, com um toque sutil, encobrindo Doni, e fez 4 a 2.
Estava desenhada a goleada. Que veio com três gols em rápida sequência. Maicon, o artilheiro Gilberto e Gilberto Silva , outra vez, para fechar os 7 a 2 com um belo gol de cabeça.
Quando o juiz Fábio Mahseredjian apitou o final do jogo, a gozação foi geral. Só restou ao o time de Robinho e Lucio deixar o campo em silêncio, enquanto os vencedores posavam gritando para a foto oficial.
Time cinza - Gomes, Maicon, Luisão, Juan, Kaká e Jorginho; Josué, Kleberson, Gilberto, Nilmar; Luís Fabiano e Gilberto Silva.
Time de colete laranja - Doni, Daniel Alves, Thiago Silva, Felipe Melo e Michel Bastos; Ramires, Julio Baptista e Elano; Robinho, Lucio e Julio Cesar.

sábado, 19 de junho de 2010

Caldeirão da Vila


Bela matéria mostrada hoje no Caldeirão do Huck. O santista Richard, de oito anos, conheceu o CT Rei Pelé. E, de quebra, ganhou chuteira autografada por Neymar, Robinho e Ganso. A aparição do trio deixou o garoto em estado de choque.

Elano relembra bons momentos sob o comando de Sven-Goran Eriksson


Meia trabalhou com o atual técnico da Costa do Marfim, próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo, no inglês Manchester City

Por Leandro Canônico, Márcio Iannacca e Thiago Lavinas
Direto de Joanesburgo, África do Sul


Destaque da seleção brasileira na vitória por 2 a 1 sobre a Coreia do Norte, na estreia da Copa do Mundo, Elano vai reencontrar uma pessoa especial em sua carreira no próximo domingo, na partida contra a Costa do Marfim. Trata-se do sueco Sven-Goran Eriksson, atual treinador do time africano.

Os dois trabalharam juntos no Manchester City em 2007 e 2008. Sob o comando do sueco, Elano tem bom desempenho. Foram 39 jogos, dez gols e nove assistências.

- O Eriksson conversava muito comigo no meu primeiro ano na Inglaterra. Eu gostei muito de trabalhar com ele. Tenho boas recordações. Quando eu encontrar com ele, certamente vou dar um abraço – declarou o meia da seleção brasileira, durante coletiva no último dia 10 de junho, no Randpark Golf Club.

No jogo de estreia da seleção brasileira no Mundial, Elano mostrou, por sinal, que pode ser uma das principais armas do time verde e amarelo. Além de ter dado o passe que originou o gol de Maicon, o camisa 7 deixou a sua marca. Ele recebeu lindo passe do amigo Robinho, também ex-Santos e mandou para o fundo do gol.

Para o jogo deste domingo, às 20h30m (15h30m de Brasília), contra a Costa do Marfim, Elano espera mais dificuldade. Até por conhecer o treinador adversário.

- A Costa do Marfim já tinha uma seleção qualificada, e ele acrescentou uma grande força, porque é um ótimo treinador – completou Elano.

Líder do Grupo G com três pontos, a seleção brasileira precisa de uma vitória sobre os africanos para assegurar antecipadamente vaga nas oitavas de final. O último duelo do Brasil na primeira fase será contra Portugal, dia 25, em Durban.


País do futebol


Pintou a zebra

Pois é. A gente cai do cavalo quando assinala como verdade absoluta a própria opinião.

Achei que a Alemanha seria o cometa desta Copa. Ledo engano. Tomou uma prensa da Sérvia e ficou pianinha.

Sobre a Inglaterra, não há muito o que dizer. Muita decepção. Quem diria! Quase é surpreendida pela Argélia.

Se o time argelino tivesse um meia um pouco mais criativo, teria deposto a Inglaterra do trono de favorita do grupo.

A Argentina cumpre brilhantemente seu papel. Nada a declarar. Deixo isso pro Maradona.

Maravilhosa a vitória mexicana contra os arrogantes franceses. Futebol, diz a velha lição, se ganha dentro de campo.

Não assisti à vitória da Holanda, hoje pela manhã. Não lamento. No primeiro jogo, achei o time laranja muito xarope. Perdi o interesse. Pelo menos até agora.

Acabei de ver mais uma vítima da Jabulani: o goleiro de Gana. Rebateu a bola e o australiano pegou o rebote.

Torci para Gana se dar bem neste mundial. Dos africanos, acho o time mais simpático. Mas o barco está afundando. A não ser que a velha habilidade volte a fazer a diferença. Por enquanto, as equipes da África têm copiado o estilo europeu. E isso sepulta o talento.

PS: Volto aqui às 14h para informar (como se todo mundo já não soubesse) que Gana empatou o jogo. Poderia ter vencido, se não fosse a doutrinação europeia.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Honduras é a pior

Enquete do Golaço apontou Honduras como a pior seleção da Copa do Mundo 2010. Depois, segundo os visitantes, vem a Coreia do Norte.

Pois é. O Brasil perdeu a chance de golear a fraquíssima seleção norte-coreana e agora terá que sair um pouco do pragmatismo para não sofrer um revés histórico.

Mas há males que vêm para bem.

Com a obrigação de vencer pelo menos um de seus próximos adversários, a Seleção Brasileira, provavelmente, entrará em campo sabedora de que depende de inventividade.

Isto é o sal da vida.

Torcida brasileira


Terça-feira de muita torcida pela Seleção Brasileira em casa.
Meu sobrinho Eric aprendeu muito durante a vitória sobre a Coreia do Norte. Aprendeu a falar vários palavrões para desespero de sua pudica mãe. Já Pedrinho, torcedor do São Paulo, disse estar acostumado com esse tipo de jogo modorrento.
Mas valeu a festa! Muita gritaria, cornetada e zoeira. Arrebenta, Brasil!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A espada do samurai

O Japão cortou o camarão. Ou melhor, deu um único golpe e matou Camarões.

Foi um golpe certeiro do motor do time, o habilidoso Honda.

O Japão foi perfeito taticamente. Mas é ruinzinho, hein?

Camarões é pior ainda. Depende de Eto'o, mas o isola na ponta direita.

Um guerreiro solitário que só foi municiado no final da partida.

Muito pouco para quem aspira aos mata-matas.

Laranja podre

A Holanda exibiu um futebolzinho burocrático e isso foi o suficiente para bater o fantasmas do que já foi a Dinamarca.

Jogo truncado, com raros lances técnicos.

A Holanda, ao contrário do que eu imaginava, não é tudo isso.

Pintou a campeã

A Alemanha fez uma partida impecável.

Mostrou ofensividade como a argentina, mas não vacilou em nenhm momento e nem se acomodou.

A seleção alemã tem técnica, força e um brio que enche os olhos. Um espetáculo.

A Austrália não é uma seleção qualquer. Tem bons jogadores e é raçuda. Mas sucumbiu à organização tática alemã.

A Alemanha é melhor do que a Argentina.

Jogo duro. Duro de assistir

Nem comentei Inglaterra e Estados Unidos ontem porque fiquei com preguiça.

E foi um jogo feio. Não havia muito o que falar. Não a tenho disposição dos comentaristas que ganham muito dinheiro para misturar merchandising e abobrinhas esportivas.

Sugiro, nos próximos jogos de Inglaterra e EUA que vocês pratiquem uma atividade paralela. Tipo ler jornal, conversar sobre o clima ou simplesmente matar umas latinhas de cerveja.

sábado, 12 de junho de 2010

Chute o travesseiro, porque ele quer ficar à espreita

Coreia do Sul 2 x 0 Grécia. E daí? Mudou o panorama do Mundial 2010? Não. Tudo continua meia-boca.

Eu esperava isso mesmo das duas equipes. Até que os coreanos mostraram alguma qualidade no início da partida. Mas depois tudo se encaixou.

Jogadas previsíveis. Marcação cerrada. Poucos dribles. Pouca emoção. E a saudade do travesseiro bateu forte.

Mas o fanatismo, não sei se felizmente ou infelizmente, mantém a chama da vigília acesa. E a gente toca o bonde e assiste aos minutos derradeiros do encontro entre Coreia do Sul e Grécia como se fosse um Santos e Corinthians.

Os minutos iniciais de Argentina e Nigéria despertaram-me para um novo mundo de sensações. Em cinco minutos, los hermanos mostraram que podem imprimir um ritmo alucinante, se quiserem.

A partida foi a melhor até agora. Os argentinos têm muita técnica. Mas estão afobados. Pecaram muito nas finalizações.

A Nigéria, coitada, teve apenas espasmos. Foi totalmente dominada pela Argentina de Messi & Cia. e sequer tentou atacar com mais contundência ao final da partida. Messi, aliás, como dizem bem as manchetes dos sites esportivos, chamou a responsabilidade para si. Joga muito esse cara.

Mas quer saber? Sinceramente, se acontecer uma final entre Brasil e Argentina, eu cravo no Brasil.

Até hoje eu vinha apostando, como analista, que a Argentina conquistaria a Copa. Depois de ver a partida contra a Nigéria tive uma epifania. Mudei de ideia.

Não que a Argentina tenha jogado mal. Longe, muito longe disso. O problema da equipe dirigida por dom Diego são os nervos.

Vejo um Brasil mais frio e incisivo do que os argentinos. E numa competição de tiro curto, isso é essencial.

Mas a Argentina é mais favorita que todas as outras seleções. Mais do que a celebrada Espanha, que é a Portuguesa da Copa do Mundo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Do blog de esporte do UOL


A Copa tá empatada!

O primeiro tempo entre África do Sul e México deu sono. Só não foi pior porque o brasileiro Giovanni e o goleiro africano mostraram muita destreza. A segunda etapa foi melhor. E o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho.

Já a partida entre França e Uruguai começou técnica, com as duas equipes exibindo um futebol vibrante. Mas durou pouco. Depois tudo caiu na mesmice.

Torci loucamente para a entrada de El Loco Abreu. Acreditei que ele seria o salvador da pátria. E foi mesmo. No finalzinho da partida, subiu mais que todo mundo na barreira e evitou que a França fizesse um gol de falta.

Pena que o garoto Lodeiro acabou expulso - com justiça - e comprometeu todo o ataque uruguaio.

Foi um zero a zero que parece prenúncio do que será esta Copa: muita marcação e pouquíssimos lances brilhantes ou plásticos.

Volta logo Campeonato Brasileiro! Socorro!

VAI BRASIL! Essa taça tá fácil, hein?

Topless étnico

O blog do UOL tem umas coisas muito legais. Esta é uma delas. O fotógrafo captou a alegria da torcida da Nova Zelândia no amistoso contra o Chile

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Abertura da Copa

Faltaram mais grupos tipicamente africanos, com sonoridades e canções que revelem ao mundo a poesia do continente.

Excesso de música norte-americana.

Imperialismo cultural. Perdoem-me a rabujice, mas já existe muito de Shakira, Alicia não sei o quê, Black Eyed Peas e Juanes na televisão e na Internet.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Brasil dá sono

Bela porcaria o amistoso contra a Tanzânia! Pior que isso é aguentar o ufanismo oportunista de 90% da mídia.

É a vida.

Depois de muito ler, ver e ouvir, decidi comentar individualmente a atuação de cada jogador e da comissão técnica do Brasil.

Antes, uma observação: a Tanzânia é pior que o Zimbábue. E a Seleção Brasileira conseguiu tomar um gol.

NOTAS
Gomes: o melhor jogador do Brasil - 8,5

Maicon: burocrático, chato, léguas de distância daquele Maicon da Inter - 5,0

Lúcio: previsível, lento, sem a vibração característica - 5,0
(Luisão): pragmático. Ganhou um gol da Tanzânia no brilhante currículo - 4,0

Juan: como diria aquele velho comentarista, péssimo dos péssimos. Ficou evidente que lhe falta ritmo de jogo - 3,0

Michel Bastos: uma lástima na marcação. No apoio, erra bolas fáceis. E pensar que o Roberto Carlos, numa ótima fase, ficou no Brasil - 5,0
(Gilberto): um andróide programado para a marcação e fechar o buraco deixado por Michel Bastos na defesa. Um baita buraco, diga-se de passagem - 5,0

Gilberto Silva: seria só inútil se não comprometesse a marcação do meio-campo - 3,0
(Josué): melhorou a marcação, mas errou uma infinidade de passes. Além de ter o cérebro proporcional ao seu tamanho - 4,0

Felipe Melo: o pior. É um caso para se estudar cientificamente. A decadência deste volante compromete a transição da defesa para o ataque e expõe a fragilidade de uma defesa supostamente intransponível. Além disso, anda muito nervosinha - 0,0
(Ramires): Aí, sim, fomos surpreendidos novamente. Precisa aprender a trabalhar mais a bola no campo de ataque - 7,0

Elano: um arremedo de ponta-direita. Não fez nem sua função - que é marcar e municiar Kaká e o ataque - nem aquilo que se propôs a fazer, pretensiosamente, ficando estagnado na extrema-direita. Um verdadeiro ectoplasma que assustou a bola. Uma das piores apresentações deste filho de Iracemápolis - 3,0
(Daniel Alves): foi atabalhoado em vários lances, mas mostrou incomparável dinamismo em relação ao seu antecessor. Outra nervosinha - 6,0

Kaká: aqui cabem algumas observações sobre o pessoal da Globo e da Sportv. Quanto exagero! A cada toque na bola, este rapaz era louvado como se fosse um representante de Deus. Kaká, porém, mostrou até certa displicência na partida, irritação e desprezo com os adversários. Não jogou mal, é verdade. Mas esteve longe de fazer uma boa partida. No primeiro tempo, foi excessivamente comedido, errou muitos passes, perdeu bolas fáceis, enfim, foi presa fácil para os fracos marcadores da Tanzânia. No segundo tempo, foi mais incisivo, mas mostrou que lhe falta o dom de criar. É, realmente, um ponta-de-lança sem pretensão na armação de jogadas. O máximo que se pode esperar são tabelinhas. Agora, se for pra jogar desse jeito, por que Dunga também não trouxe Ronaldinho Gaúcho? É o mesmíssimo futebol apresentado pelo meia no Milan. E ainda desprovido da plástica característica das jogadas do Gaúcho. Mesmo assim, arranca suspiros dos comentaristas globais. A ponto do deslumbrado Paulo César Vasconcelos dizer que o gol de peito foi o mais bonito da partida. O mais bonito foi o chute voraz do Ramirez! Acorda, véio! Nota para Kaká - 6,0

Robinho: só foi inferior ao goleiro Gomes. Correu o campo todo, organizou a armação de jogadas, deu passes açucarados e, de quebra, marcou dois gols, abrindo caminho para a goleada. Faltou driblar mais. Cresce a cada dia - 8,0

Luis Fabiano: involuiu. Conseguiu fazer uma partida pior do que havia feito contra o Zimbábue. Outro que precisa tomar doses cavalares de suco de maracujá e reaprender um mínimo sobre boas maneiras. Será que voltará a ser o mala-problema dos tempos de São Paulo? De qualquer maneira teve uma péssima participação contra a péssima Tanzânia - 2,0
(Nilmar): correu, correu e não chegou a lugar nenhum. Mesmo assim foi melhor que o maleta do Luis Fabiano - 3,0

Dunga: devia ter tirado Felipe Melo no primeiro tempo. Demorou pra tirar Luis Fabiano. Mas acertou em cheio colocando Ramirez - 7,0

Jorginho: não fede nem cheira.

Ricado Teixeira: nota policial

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Overdose de Jabulani

O titã Paulo Miklos, santista doente


Meu quarto está entupido de tabelas e especiais sobre a Copa do Mundo. Principalmente da Folha de S. Paulo e do Agora, dois jornais que assino.

Além disso não resisto à tentação de comprar o material dos tradicionais Lance! e Placar nas bancas da cidade. Sem contar as revistinhas de segunda categoria com análises de jornalistas desconhecidos - as quais adquiro por pura curiosidade.

O pior é que nem consigo evitar os programas de esporte.

O primeiro passo para a cura é reconhecer o vício. Ontem tive uma prova cabal de meu estado hipnótico. Trancado no quarto, tinha quatro jornais abertos sobre a cama, ouvia a Rádio Cultura de Santos, que transmitia Peixe e Vasco, assistia ao jogo entre Corinthians e Botafogo pela Rede Globo e, na Internet, acompanhava os outros resultados. Loucura, loucura, loucura!

Agora estou sofrendo os esfeitos do abuso no consumo de informação sobre futebol, especialmente no que se refere à Copa do Mundo. Uma típica overdose.

A Copa nem começou e já estou saturado.





domingo, 6 de junho de 2010

O campeão da Copa do Mundo

Enquete do Golaço apontou como favoritos ao título mais cobiçado do planeta Brasil, Inglaterra, Itália, Argentina e Holanda.

Também considero estes times aqueles que têm mais chances de conquistar a Copa do Mundo.

Torço para o Brasil, mas acho que a Argentina apresentará um futebol mais bonito.

E vejo a Holanda com grandes possibilidades de vencer o primeiro Mundial de sua história.

A Holanda é melhor que a Espanha.

sábado, 5 de junho de 2010

Mensagem para Dunga


Do blog do jornalista Alberto Helena Jr.


Direto de Johanesburgo – Os discursos de Dunga, nas entrevistas coletivas, estão ficando quase tão tediosos, por repetitivos e revanchistas, como o jogo da sua Seleção.

Não há pergunta de jornalista, a mais direta e técnica possível, em cuja resposta Dunga não dê uma volta para revidar com alguma observação espicaçando a imprensa esportiva brasileira.

Nesta quarta-feira, idem com batatas, durante os cerca de 40 minutos em que ele e Jorginho estiveram sobre o palco armado no salão do Randing Parke Golfe Club.

Jorginho, então, intempestivamente, passou a fazer uma exaltada peroração, que culminou com uma bravata: “Não estou generalizando, mas há quem vem aqui e não faz perguntas. Quero ver se esse tem coragem, agora de levantar a mão!”

São falas desmedidas, primárias, toscas, obviamente provocativas, opostas ao tom conciliador que a imensa maioria dos jornalistas que frequentam essas conferências desde o primeiro momento.

Como me disse o Milton Neves, depois da entrevista, Dunga até agora não falou das 31 seleções restantes. Até parece que o único adversário do Brasil na Copa é a imprensa brasileira. Aliás, por falar em Milton Neves, meu querido confrade, às vezes, exagera, mas não mente, como o slogan do fofoqueiro Rubens.

Eis que o Milton Neves me confidencia que, há algum tempo, numa champanhota, como diziam os antigos colunistas sociais, Dunga meteu a boca em mim. Coisas do tipo: esse Helena se acha mais inteligente do que todo mundo e tal e cousa e lousa e maripousa.

Ledo engano. Mesmo porque meus 160 de QI atestados pelos laboratórios da USP, quando ainda saindo da adolescência, depois de tantos anos queimando neurônios, já devem ter se reduzido à metade. De quase gênio, a quase imbecil.

Mas, toda vida me dediquei a aprender, a ler sobre tudo e especialmente procurar entender o futebol, sob todos os seus aspectos. E, sobretudo, ouvir os mais velhos, aqueles que tinham sido testemunhas de tempos anteriores aos meus.

Tenho, pois, seguramente mais tempo de estrada do que Dunga e Jorginho juntos. E muito, muito mais conhecimento sobre a história do futebol, a evolução dos sistemas táticos etc.

Privei do convívio com os mais hábeis e famosos treinadores brasileiros (alguns estrangeiros) de todos os tempos, desde Flávio Costa, Feola, Aymoré Moreira, Zezé Moreyra, Tim, Ênio Andrade, Oswaldo Brandão, Oto Glória, Rubens Minelli, Cláudio Coutinho, Telê Santana, Felipão, Parreira, Zagallo, até os atuais Luxemburgo, Muricy e outros tantos.

E, deles, colhi ensinamentos inestimáveis sobre os segredos do futebol. Vi mais treinos e jogos de Seleção Brasileira que nem Dunga, nem Jorginho podem imaginar.

Ora, como não tenho nenhuma antipatia pessoal contra ambos, apenas discordo veementemente de algumas de suas posições a respeito do futebol e da vida, sinto-me à vontade para mandar-lhes um recado de quem tem idade pra ser seu pai.

Parem com essa bobagem, essa infantil compulsão para a revanche.

Limitem-se a falar sobre futebol, que vocês conhecem porque estiveram lá, pois, quando saem fora desse roteiro, pisam na bola de forma inaceitável, pra quem tenha um pouco de conhecimento.

Abram as portas da concentração e da mente para novas ideias e o convívio ameno com seus compatriotas, já que esse nacionalismo vesgo faz parte da índole dos dois e até de boa parte da imprensa.

Vai ser melhor para todos, principalmente pra vocês.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A mãe ninguém enquadra

Logo após assistir ao jogo entre Cruzeiro e Santos pus-me a refletir com certa profundidade: "nada disso faz sentido". Não havia visto ainda os jogadores do Peixe com semblante tão lúgubre. Meu coração ficou apertado. O primeiro tempo me pareceu o anúncio do que vem pela frente: a rendição. Voltaremos ao futebol pragmático e insosso que nos abarca desde a ascensão de times europeus voltados para a marcação.

Não que marcar bem seja ruim. Pelo contrário. Nossa identidade, porém, aponta como característica fundamental a improvisação. Pode soar politicamente incorreto, mas fazer apologia à improvisação nada mais é do que reconhecer quem somos nós. Improvisar significa abrir caminho para a criatividade. Exercitar o talento. Mudar o rumo das coisas desagradáveis. O jogo tá chato? É porque falta um Paulo César Caju, um Romário, um Ronaldo, um Neymar. Mas a polícia do futebol está atrás de Neymar. E quer levar todos os outros santistas no camburão da intolerância.

Os atletas dos Santos estão sendo enquadrados pelos adversários, pela arbitragem, pelos técnicos, pela cartolagem e por uma grande parcela da imprensa. Não se trata de simples aplicação de regras e conceitos. É, realmente, a olhos vistos, uma orquestração em defesa de uma doutrina. Sutil, muda, mas muito eficiente. A ordem geral parece ser: "façam esse time ser igual a qualquer outro". Não faz sentido.

Mas a vida não faz mesmo sentido e, mesmo assim, temos que tocar o barco. Tanto estoicismo se justifica a cada passo da sociedade. Se você não exercitar a serenidade, fica louco ou tão decepcionado que vira um fantasma de si mesmo. E o que me levou a incursões pelo reino da sombras foi uma contatação simples, advinda do embate no Mineirão: as pessoas são cruéis até no momento de lazer.

Pra mim, futebol é como festa de aniversário de criança. Você quer se divertir sossegadamente durante a pequena duração do evento. Comer dois pedaços de um bolo gostoso, beber guaraná sem drama e colocar em dia o papo com amigos e parentes que raramente vê.

Neymar & Cia me proporcionaram muita diversão até o dia em que foram punidos por se atrasarem para o treino por causa de uma festa de aniversário.

A partir dali começou um patrulha implacável. Principalmente em cima de Neymar. E Dorival Jr., que nunca foi um grande jogador, longe disso, também embarcou nessa. Quando Neymar declarou que daria um chapéu em Chicão, tratou de contemporizar, botar panos quentes. Pra quê? É proibido dar chapéu? Ou demonstrar confiança? Ou simplesmente declarar aquilo que quer fazer?

Essa diplomacia repentina de Dorival Jr. me incomoda. Neymar falou pelos cotovelos? Agora aguente a tiração de sarro. E pague o jantar apostado com Dentinho.

Os jogadores entram num acordo. A beligerância de uma partida - que existe somente no terreno subjetivo - costuma acabar ao apito do juiz após 90 minutos. Mas muitos torcedores seguem alimentando o ódio mesmo depois que os jogadores se abraçaram, trocaram camisas e foram juntos para a balada.

Fazia tempo que eu não via tanta hostilidade contra um jogador de futebol. Neymar, de repente, virou o bode expiatório dos frustrados, dos mal-amados, dos infelizes, dos pobres de espírito, dos pessimistas, dos ressentidos.

"É um moleque". "Precisa amadurecer". "Falou demais". "O peixe morre pela boca". "Alguém precisa dar uma prensa nesse moleque". "Futebol é pra homem". "Vamos separar as crianças dos adultos".

Tudo isso não passaria apenas de clichês do universo futebolístico se não viesse impregnado de uma má-vontade que dia a dia tem contaminado jogadores, técnicos, cartolas, jornalistas, árbitros e até gente aparentemente tranquila que gosta de tomar um chope ao cair da tarde.

O resumo da ópera é que Neymar tem que ir para a fogueira para virar aquilo que querem que ele seja: mais um.

Mais um ser humano enquadrado pela moral burguesa, cujo código de conduta espalha o odor acre de uma cordialidade de fachada. Os limites são impostos por aqueles que têm o poder de decidir o que é bom para a sociedade: os mais experientes. Os vividos. Os controlados. Os fortes. Os sérios.

O resto é feito de moleques. E eles devem rir durante um período determinado do dia. Precisam aprender a falar somente aquilo que é facilmente digerível. É inadmissível que se faça brincadeira com a honra, com a dignidade, com o bom nome de quem quer que seja. Do contrário, além da tiração de sarro, haverá um ódio emperdenido. Tão incendiário e dotado de capacidade de arregimentar multidões que será impossível para o autor das brincadeiras sair de casa, o que dirá pisar novamente o gramado.

Tudo isso, infelizmente, é reflexo do que aceitamos como correto para a nossa vida. As relações cotidianas só exibem esta diplomacia farsesca para evitar que as pessoas se agridam ou se matem. As pessoas não assimiliam a tiração de sarro, as provocações futebolísticas e a zoeira apenas como elementos de diversão. Elas guardam rancor, alimentam ressentimento. Não vêem a hora da vingança. E quando o autor de dribles desconcertantes, de frases provocativas e de brincadeiras fora de hora se dá mal, elas não devolvem na mesma moeda. As pessoas, mesmo aquelas que não assistem aos jogos com regularidade, vão à forra com toda a raiva acumulada por inúmeras situações - objetivas e subjetivas.

Muitos torcedores, tenho certeza, se pudessem entrar em campo com um pedaço de pau e lascar na cabeça de Neymar o fariam sem maiores arrependimentos.

Pra eles não importa se o rapaz sacudiu o marasmo no futebol. Não importa que ele resgatou a picardia dos dribles.

O importante é ofendê-lo. Rotulá-lo. Quebrá-lo ao meio. Se possível, impedir que ele jogue futebol.

Neymar virou uma espécie de demônio a ser exorcizado dos gramados. Quem diria! Um jovem que ganha seu dinheiro honestamente, com o talento que Deus lhe deu.

Os gracejos de Neymar nunca são esquecidos. Mas as ofensas do zagueiro Danilo, do Palmeiras, são coisa do passado. Basta pedir desculpas (que não foram aceitas, compreensivelmente, pelo jogador do Atlético Paranaense). Ninguém perde tempo refletindo sobre uma situação que expõe o que há de pior na sociedade brasileira: o preconceito. É preferível execrar Neymar, aquele filé de borboleta safado que acha que pode fazer tudo dentro de campo. Aquele sem-vergonha que pensa que é Pelé. Aquele metido, marrento, moleque que humilha os jogadores sérios.

Sabem por que motivo Dunga não convocou Neymar? Porque o sabujo da CBF é refratário à evolução, ao questionamento. Dunga prefere a segurança da mediocridade aos riscos das descobertas.

Desde de 1990 ele carrega consigo um terrível ressentimento por ter sido considerado símbolo de uma geração fracassada. Lazaroni foi esquecido, Dunga não. E não conseguiu se livrar dessa mágoa, que o faz desafiar, como um menino turrão, imprensa e torcedor.

A imprensa estrangeira, com propriedade, retratou bem o que foi o amistoso contra o Zimbábue: um jogo sem-graça. A brasileira passou o verniz do ufanismo até nas grosserias do volante Felipe Melo.

Essa situação reflete bem o estado de espírito do atual momento do futebol brasileiro: muita gente prefere jogos de caráter belicista do que integrador. Aonde nos levará esse clima de guerra estimulado pelo próprio técnico da Seleção Brasileira? As mortes causadas por choques entre torcidas organizadas nos dão uma pista.

Vencer a qualquer custo às vezes implica menos mérito do que se imagina.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Craque no Independente


Leio com satisfação no Jornal de Limeira que o meia (que também atuou como segundo volante muitas vezes) Piá foi contratado pelo Independente. Foi a melhor aquisição do Galo nos últimos anos. Dir-se-ia que o ex-jogador de Santos e Corinthians é o Ronaldo da Segundona.

Vi muitos jogos de Piá. Principalmente no Santos. Também mantive uma relação de cordialidade por muitos anos dada a convivência no Jardim Nova Itália - o atleta é torcedor do Novinha, nosso time do bairro. Além disso, Piá morava na vizinhança, no Jardim São Paulo. Aprendi a conhecer o Piá com uma visão diferente de meus colegas da mídia.

Na foto, Piá - mais jovem - com amigos, entre eles Gian, que jogou no Vasco e serviu a Seleção Brasileira (o primeiro, à esquerda)
Pra maioria dos jornalistas, as informações quase sempre chegam via órgãos oficiais ou por meio de fofoca. Quando você acompanha o desenrolar das histórias in loco, aprende a refletir sobre as versões. Piá é, sem dúvida, um jogador polêmico. Muito mais por sua autenticidade do que por supostos deslizes contra a lei. O que ele devia, pagou. E deve ser respeitado também no âmbito da lei e do bom senso.

Há dois anos, fiz uma entrevista com Piá para o Jornal de Limeira. Foi um bate-papo muito legal, regado a samba e cerveja. Bem ao estilo dele. E ao meu.

Piá: bad boy ou sangue bom?

25/05/2008

Jogador fala sobre imprensa, times grandes e novo clube

Piá ganhou fama com o futebol. É o último jogador revelado pela Internacional de Limeira cuja técnica foi reconhecida por grandes clubes brasileiros. Meia-armador criativo e de passes precisos, acabou rotulado de bad boy primeiramente por gostar da boemia. Depois porque teve o nome verdadeiro - até então pouco conhecido - escrito nas fichas policiais por conta de problemas com pensão alimentícia e acusação de participação em um assassinato.
Aos 33 anos, Reginaldo Revelino Jandoso quase viu sua carreira acabar em um processo no qual era acusado de co-autoria em homicídio. Absolvido no mês passado, respirou aliviado. Mas não tanto a ponto de receber o repórter do Jornal de Limeira sem desconfiança.
A imprensa, para Piá, esqueceu os bons momentos que ele teve para se dedicar apenas a noticiar os problemas extracampo. "Não tenho só coisas ruins para ser divulgadas", diz serenamente segurando um copo de cerveja em um bar da 4ª Etapa do Parque Nossa Senhora das Dores. É neste boteco aconchegante - nomeado por ele como "Bar Vip", que ele recebe o Jornal de Limeira.

Piá está entretido com uma partida de truco. Interrompe o jogo momentaneamente para perguntar se o repórter quer beber alguma coisa. Coca-cola, guaraná, cerveja... Depois pede à dona do boteco que sirva uma cerveja. Ele retorna à mesa para terminar o jogo de truco e ficar, depois, sossegado para a entrevista.

A dona do bar diz que procurava um nome para o estabelecimento quando Piá deu a sugestão. Todos gostaram e ficou "Bar Vip". Ela é vice-presidente da Escola de Samba Nova Cidade. A agremiação desfilou no carnaval de rua de Limeira neste ano. E já está ensaiando para o ano que vem. O samba transpira no ambiente. O grupo Nova Malícia, convidado da tarde, toca partido alto e pagodes da moda.

Piá termina o truco, pega duas cadeiras e vai para a calçada. Ali, com o pagode ao fundo, transcorre a conversa. Ele não esconde que gosta de beber com os amigos. Não faz gênero, não se justifica. Só observa em silêncio tendo a testa franzida e a mão no copo.

Quando começou, nos juniores da Inter, em 1991, Piá era apenas mais um aspirante a camisa 10 de um time profissional. Oriundo de Leópolis, no Paraná, chegou a Limeira quando tinha seis anos de idade. Teve uma infância difícil, como a maioria dos garotos que tenta o sucesso no futebol.

Em 1996, no profissional da Inter, começou a caminhada rumo ao reconhecimento. Foi campeão matogrossense no Operário de Campo Grande, campeão mineiro no Cruzeiro e do Torneio Rio-São Paulo em 97, com o Santos.

NO SANTOS
A primeira venda ocorreu justamente para o Peixe que, com Piá no time titular, calou quase 30 mil torcedores que apostavam em Romário, Sávio e Cia. para vencer a partida no Maracanã. O 2 a 2 deu o título ao Santos e Piá estava sentindo o gostinho da consagração.
Mas aí vieram os desentendimentos com com o técnico Vanderlei Luxemburgo. "Ele não é chato. É um disciplinador", ressalta, meio reflexivo. "Não me arrependo de nada, mas se pudesse, faria muita coisa diferente do que fiz", emenda, logo após uma curta pausa.

A permanência no Santos ficou difícil e Piá foi vendido à Ponte Preta pelo maior valor já pago por um time do interior: US$ 1,5 milhão. A Macaca acolheu Piá bem. Ele ficou oito anos no clube e até hoje mantém amigos em Campinas, que visita constantemente. "Tenho um vínculo muito grande com a Ponte Preta. Foi o clube que eu mais gostei de trabalhar", declara.

O parceiro de todas as horas é o goleiro Lauro, ex-Ponte Preta, que marcou um gol de cabeça antológico contra o Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2003, empatando a partida para a Macaca aos 52 minutos do segundo tempo.

Depois de quase uma década na Ponte, Piá é vendido ao Corinthians. Uma transação polêmica, bancada pelo gerente de futebol do Timão, o ex-jogador Roberto Rivellino. Quando Piá chegou, o Corinthians já andava mal das pernas financeiramente e dentro de campo. Trocou o técnico Juninho Fonseca por Oswaldo de Oliveira na esperança de um bom Campeonato Paulista, mas só conseguiu escapar do rebaixamento, graças ao São Paulo, que venceu o Juventus na última rodada.

O clima pesou para Rivellino quando ele declarou que Mustafá Contursi (presidente do Palmeiras) sabia administrar o Verdão melhor que os cartolas corintianos dirigiam o Corinthians. O ex-jogador foi fritado, deixou o time do Parque São Jorge e os jogadores que ele tinha trazido - entre eles, Piá - ficaram numa situação delicada. "O Citadini (Antonio Roque Citadini, braço direito do então presidente Alberto Dualib) atrapalhou bastante", diz Piá. "Se não fossem as divergências, teria sido melhor. Dentro de campo o trabalho estava sendo feito", afirma, elogiando o técnico Oswaldo de Oliveira, a quem classifica de "amigo particular". "Fui titular em todos os jogos".

Do Corinthians, Piá foi para a Portuguesa, onde disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Faltou pouco para a Lusa subir. Segundo ele, foram seis meses de bom futebol. Em seguida, foi contratado pelo Santa Cruz, time pelo qual foi campeão estadual em 2005 depois de um jejum de nove anos no Campeonato Pernambucano. Neste ano, o Santa Cruz também ascendeu à Série A do Campeonato Brasileiro.

SAMPAIO CORRÊA
Os problemas extracampo - processo por pensão alimentícia e porte ilegal de arma - atrapalharam a permanência de Piá no Santa Cruz e ele veio para o União São João de Araras, time pelo qual ele disputou o Campeonato Paulista de 2006 e parte de 2007, quando foi contratado pelo São Raimundo, de Manaus. Piá foi um dos artilheiros do time no Campeonato Brasileiro da Série B com oito gols, apesar de ser meia-armador. "Nem sei quantos gols marquei. Nunca me preocupei em anotar porque minha função dentro de campo é mais servir", explica Piá.

No mesmo ano, Piá voltou para o União São João de Araras e, logo em seguida, foi acertada sua transferência para o Ituano. Depois, foi contratado pelo Comercial de Ribeirão Preto e terminou o Campeonato Paulista de 2008 pelo Rio Preto.

Contratado semana passada pelo Sampaio Corrêa, o principal time do Maranhão, Piá vai disputar a Copa Maranhense e o Campeonato Brasileiro da Série C. A princípio, Piá jogaria a Série B pelo América do Rio Grande do Norte. Mas acabou acertando com o clube do Maranhão, onde trabalhará com um amigo seu, o técnico Celso Teixeira, que é de Campinas. "O Sampaio Corrêa cobriu a proposta do América", diz, sem revelar valores.

O jogador já está no Maranhão, onde foi destaque do jornal "O Estado do Maranhão" e do site oficial do Sampaio Corrêa, no qual foi chamado de craque. "Espero fazer um bom trabalho no novo clube. Mas estarei sempre ligado a Limeira, que eu adoro", comenta.
Piá, apesar da fama de boêmio, nunca deixou de treinar regularmente e está em forma. "Só preciso de ritmo de jogo", disse ao Jornal de Limeira, na semana passada. O atleta revelado pela Internacional de Limeira deve estrear após 15 dias. A julgar pelo tratamento da imprensa e torcida maranhense, a fama de bad boy ficou para trás. O que o Sampaio Corrêa vê, assim como os amigos, é um atleta de garra, um Piá sangue bom.

Pingue-pongue com Piá

Jornal de Limeira - Vai jogar no Sampaio Corrêa?
Piá - Está tudo acertado. Tenho um grande amigo lá, o Celso Teixeira, que é de Campinas.
JL - Você se arrepende de alguma coisa?
Piá - Não me arrependo de nada. Mas se eu pudesse mudar o passado, eu faria muita coisa diferente do que fiz.
JL - O que, por exemplo?
Piá - Gostaria de estar aqui quando o Pecos (ex-jogador da Inter) morreu. Era um grande amigo e fiquei muito sentido. Na época eu estava no Paok, da Grécia.
JL - De que cidade é o Paok?
Piá - É de Thessalomik, perto de Atenas.
JL - A temporada lá foi boa?
Piá - Eu fui numa época ruim. Fazia 15, 20 graus negativos. Muito frio. O verão lá que é maravilhoso. Tem as praias mais bonitas do mundo.
JL - Como você a situação da Inter e do Galo?
Piá - Fico muito triste. Falta apoio dos empresários. Já vi cidades menores com times mais estruturados.
JL - O que você acha de Limeira?
Piá - Adoro Limeira. Não consigo ficar longe daqui. Mas a cidade é muito pobre em opções para diversão.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A campeã voltou!

Manchete do Jornal de Limeira nos enche de alegria e orgulho: a Winner voltou!

Além de ajudar a resgatar nossa autoestima - a Inter também está rumando para a ascensão - a montagem de um time profissional de basquete oferece mais uma opção de lazer saudável e pra lá de divertido.

Ultimamente, só o Galo da Vila Esteves anda fazendo uma legião de fãs chorar de tristeza.

Pobre Independente!