quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cocada crê em acesso; presidente reclama

Cocada é o 2º da direita para a esquerda

Autor: Cristiano Kock Vitta

Técnico da Inter já selecionou 22 jogadores; presidente assume só em janeiro, mas já mostra pessimismo

As declarações do presidente eleito da Inter, Rogério Aparecido de Oliveira, e do técnico Cocada estão se chocando. O treinador vem fazendo um bom trabalho no campo, selecionando atletas e formando uma equipe competitiva. O presidente, porém, mostra desânimo. "Ninguém quer apoiar, ninguém parece disposto a nos ajudar. Não sei o que vai acontecer", disse.
Já Cocada - ou Luiz Edmundo Lucas Correia - tem um discurso confiante e otimista. "Não enxergo dificuldades. Vejo somente possibilidades", declarou.
Seus irmãos o ajudam. Rudney (preparador físico) e Müller (o primeiro, depois veio aquele que se sagrou campeão do mundo pelo São Paulo) estão trabalhando na Inter com afinco.Assim como o ex-seleção brasileira Müller, Cocada atuou por grandes clubes do Brasil. No Guarani, chegou a ser lembrado para a Seleção Olímpica de 84. Foi como lateral do Vasco da Gama, porém, que ele ficou famoso. Na final contra o Flamengo, em 88, ele marcou o gol e foi provocar o banco rubro-negro. Acabou expulso.
Aos 47 anos, Cocada é um técnico que vem galgando conquistas aos poucos. Uma delas foi o vice-campeonato baiano pelo Vitória, como auxiliar técnico de Arturzinho. Teve boas passagens pelo Americano de Campos e Operário (MS). No Palmeiras, trabalhou como estagiário. Nesta época, auxiliou Luiz Felipe Scolari - o Felipão. "Foi um privilégio. É o melhor técnico brasileiro", elogiou.Pela Müller Sports, Cocada ajudou a revelar o craque Jean, do São Paulo. "Ele chegou a voltar duas vezes para casa. Na última, passei a madrugada inteira conversando com ele. Aí deslanchou no São Paulo", contou.
Apesar do pessimismo do presidente eleito, Cocada acredita no potencial da Inter. "É um grande nome do futebol brasileiro. E com um planejamento adequado, vai subir", avaliou. "Nesta divisão, é preciso ter força, disposição, pegada. E os nossos jogadores têm estas qualidades", afirmou.
O técnico afirmou que o contrato será assinado com tranqüilidade. "Não há problema. A partir de janeiro, começo a receber os rendimentos. Optei por começar a trabalhar antes para que o time pudesse ser formado dentro de uma programação correta", disse.

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